26 de janeiro de 2007

meia vida

“as pessoas que nada têm a dizer
são muito cuidadosas
na maneira de dizê-lo.”
.
.
.

sempre quis ser comediante,
não anima dizer que contei uma só piada...
já não me lembro como era, a graça!
foi há muito, muito tempo.

além, sonhei com coisinhas triviais:
amar uma mulher comum, safada,
ainda que de todo leviana,
qualidade qualquer que a torne palpável.

locupletar sem mais-valia.
obter mérito, paz... dignidade não,
o supérfluo permanece supérfluo;
já o restante, dois de cada teria.

experimentar contactos imediatos,
ser abduzido, ter o cérebro estudado.
quis parecer que vi fantasma,
e assim ter histórias pra contar.

enlouquecer com o tédio do dia a dia,
banalizar a loucura de fim de festa...
esquecer.
nascer e morrer, sempre que necessário.

Nenhum comentário: