12 de junho de 2007

nova escala

gostar ou não gostar é algo subjetivo. difícil dizer e ser compreendido; difícil compreender assim, apenas de ouvido. se um diz, gosto, escuta logo um, problema seu... isso não me diz coisa alguma. alguém pode discordar, encontrar alguém que concorde – falo do ponto de vista e não da teoria. de qualquer forma, concordando, há de ser por critérios outros, pois tem interesses outros, é diferente, único. entende? certamente, sim – falo da teoria e não do ponto de vista. gostar é complicado!

avaliar não é complicado. avaliar é simples, existe método! e quem conhece o método? quem avalia, é claro!!! e esse tem o hábito de se expressar com estrelas: uma estrela é ruim; cinco, excelente. alguns, meticulosos, agregam à já complexa escala o peru, ou turkey... peru é nada, menor que estrela, diz ainda menos.

insatisfeito com a escala de peru e estrelas, proponho uma nova: a escala de adjetivos. não adjetivos do tipo ruim e excelente, cúmplices da escala antiga, mas algo mais significativo... o fabuloso destino de amélie poulain, de jean-pierre jeunet, por exemplo, é um filme colorido. dorian, de johann sebastian bach, por sua vez, uma composição impetuosa...
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para abrir a série, o último filme de que fui testemunha: notas sobre um escândalo (2006), de richard eyre, com judi dench e cate blanchett...



(1) amoral, (2) expressivo, (3) crível.